“Quando cheguei ao Brasil e percebi que não conseguiria voltar para a China” #quarentenayoksutai
03/04/2020“Estou trabalhando como treinador de kickboxing na China desde 2016 e 2019 foi um ano muito produtivo como técnico e manager. Voltei para o Brasil depois de acompanhar o Cesar Almeida em sua estreia no Glory. Era perto do Natal e após algumas semanas, as notícias da China estavam ficando complicadas. A ideia seria passar 1 ou 2 meses no Brasil para dar uma descansada e voltar. Estava com 1001 planos para 2020. Tinha tudo para ser ainda melhor que 2019 mas logo percebi que não conseguiria voltar tão cedo para a China.
Então o surto começou aqui no Brasil também. As fronteiras na China foram fechadas, os eventos foram cancelados.
Não sei quando voltarei a Ásia para trabalhar e estou confinado em casa.
Sou um seguidor da lei de Darwin. Agora é o momento de sentar, respirar e pensar numa saída dentro das condições que temos hoje, me adaptar, tendo em mente que nada voltará a ser como foi antes.
A parte boa é que depois de toda essa situação vamos valorizar mais as pequenas coisas como o convívio social. Vamos conseguir tirar muito aprendizado.
Sinceramente eu não acredito que isso vai passar e tudo vai voltar ao normal. Acho que vai mudar muito como são feitos os eventos porque tudo foi prejudicado. Não acho que vai voltar como era antes.
Esse lance de evento sem público vai ser uma tendência. Os promotores verão nisso uma saída. Acredito que isso não vai mudar e deve ficar um bom tempo assim”.
Fellipe Lima, treinador de kickboxing
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