Saia da academia
14/03/2017Quando comecei a treinar muaythai, eu tinha a ilusão de que tudo que precisava aprender seria passado a mim por meu professor dentro do tatame. Mas a verdade é que se você se acomodar e não buscar mais informações de outras formas, (seminários, workshops, eventos, vídeos, textos…) há grandes chances de sua evolução ser extremamente lenta ou de você acabar estacionando depois de algum tempo.
Não estou menosprezando a importância do professor e do conhecimento que você adquire dentro da academia, e, obviamente, ninguém vira professor ou atleta pela internet. É claro que a sua vivência no tatame é o momento mais importante da sua evolução, já que é quando você coloca em prática o que aprende, mas em grande parte dos casos o professor tem que se dedicar a um número razoável de alunos por um tempo muito curto, e há muito para ensinar.
No meu caso, eu ainda não tinha nenhum contato com lutadores, minha referência eram os alunos mais graduados que treinavam comigo. E quando se faz um treino comercial de uma hora e meia apenas duas vezes por semana em uma turma que tenta atender alunos com todos os níveis de experiência, desde aqueles que nunca se graduaram até aqueles que já poderiam até dar aula e já tinham algumas lutas, o professor precisa fazer malabarismo.
Eu estava bem conformada com o meu ritmo de aprendizado, até divulgarem um seminário com um grande lutador brasileiro, “um tal” de Adaylton Freitas. Eu tinha apenas seis meses de treino e estava com uma lesão na lombar (causada por tentar fazer agachamento com peso demais na musculação) que causava muita dor. Mesmo assim, fiz questão de comparecer e tentei executar todas as técnicas, inclusive as projeções. E embora eu não conseguisse fazer muitas delas, devido ao meu nível técnico, esse foi o primeiro passo para eu perceber que havia muito mais do que era passado na academia, e que eu podia ser muito melhor do que eu sequer imaginava.
Comecei, junto com meu marido, a procurar tudo que fosse informação sobre o muaythai na internet: vídeos de luta, tutoriais com técnicas, textos… Confesso que perdi tempo e assisti muito conteúdo de picareta, mas todo dia eu aprendia algo novo, e com o tempo os professores perceberam que estávamos evoluindo em um ritmo mais acelerado. De lá para cá foram seminários e workshops com o tailandês Gae com participação do Adaylton (Elite Boxing), Cadu Portela, AMTI e o último com Adaylton Freitas, Bruna Ramires e Luara Marciano — que foram os que conseguimos ir, porque se pudéssemos teríamos ido em todos.
Esse último me fez pensar o quanto evoluí e também me mostrou o que eu ainda preciso trabalhar. Foi o seminário que considero mais proveitoso para mim até o momento, já que as técnicas apresentadas condiziam com o meu nível técnico e eram sequências que eu não apenas sabia que poderia adotar, como também já havia visto aqueles atletas as aplicando em lutas. Mas sempre há alguma técnica que, por alguma razão, você não consegue executar, ou outras que até consegue, mas que parecem não se encaixar muito no seu jogo, então você acaba esquecendo depois de um tempo. É por isso que não basta ir em um seminário, e muitas vezes vale a pena até mesmo fazer de novo o mesmo seminário, porque além de sempre haver alguma técnica nova, você pode pegar aquela manha que não conseguiu da primeira vez.
É por isso que o próximo seminário que está em vista é de novo com o Adaylton Freitas (acho que já posso ter uma carteirinha de fidelidade, né?), mas dessa vez em parceria com o também Campeão Cosmo Alexandre, que rola no dia 26 de março aqui em São Paulo.
E é claro que também não vou perder o seminário para treinadores com Leo Monteiro, Leonardo Elias e Sagadpet Sor Sakulpan, que rola ao longo de março e abril em diversas cidades. E eu não sou treinadora ainda, mas pretendo ser um dia e não dá para esperar acontecer de novo.
Se você está achando pouco, ainda acontece no primeiro de abril um aulão com Felipe Cazolari e Julio Lobo na Praia Grande, no dia 09 de abril um treinão com diversos treinadores, que vai arrecadar fundos para levar o atleta Luis Cajaíba para a Tailândia, e o atleta José Neto também estará em temporada de seminários pelo Brasil de março a maio em várias cidades.
Não tem mais desculpa para não correr atrás de informação, né? Então é só escolher pelo menos um desses (folders abaixo com maiores informações) se não der para ir em mais, e entrar em contato pelos números indicados para assegurar a sua vaga. E se você quiser saber mais sobre esses e outros seminários, acompanhe as páginas dos lutadores, treinadores e os canais de comunicação para não perder nenhuma oportunidade.
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