“Tive a oportunidade de ficar como treinador na Tailândia, mas decidi voltar”

“Tive a oportunidade de ficar como treinador na Tailândia, mas decidi voltar”

02/10/2020 0 Por Leo Monteiro

Confiram a entrevista com o ex-lutador e agora treinador Pedro Novaes sobre a pandemia e seus projetos futuros.

“Para muita gente o trabalho é uma fuga. O cara trabalha pra caramba e acaba fugindo dele mesmo, das questões internas. A quarentena chamou a gente para uma nova consciência, para pensar no coletivo.

Decidi parar de lutar depois dessa última ida à Tailândia. Foi para fechar esse ciclo na minha vida. Vou continuar investindo na minha academia, nas minhas aulas e tentar fazer isso crescer porque é isso que eu gosto. É minha vida.

Quero me divertir treinando, tudo fica profissional e massante. Esse tempo de quarentena eu pude parar e pensar. Foi bom voltar da Tailândia e ter essa pausa, veio uma hora boa para assentar tudo.

Resolvi parar de lutar nessa última ida à Tailandia. Foi para fechar esse ciclo na minha vida. Vou continuar investindo na minha academia, nas minhas aulas e tentar fazer isso crescer pq é isso que eu gosto. É minha vida.

Poderia ter ficado como treinador lá na Tailândia. Foi uma escolha difícil já que Kleiton [proprietário] e o Leo [treinador chefe] me deram essa oportunidade, me chamaram, mas optei por voltar. Estava com a minha família e financeiramente não teríamos como ficar. Não posso sangrar minha família e correr riscos. Era uma oportunidade boa mas são 3 pessoas, talvez se fosse sozinho seria mais fácil. Não que esteja culpando minha família. Foi por mim e hoje não vivo mais só. Ou ficaria sozinho, ou voltava com minha filha e minha esposa.

Foi bom ficar nos bastidores na Tailândia. Apesar de ser treinador no Brasil, eu tive um estágio, uma mostra. Eu vi o universo do muaythai por trás, aprendi a ver as lutas mais racionalmente porque eu sou um cara que vou muito na emoção. Aprendi muito com Renan e Leo sobre ter mais calma, foi bom para mim esses 3 meses. Me mostraram coisas novas, relembrei coisas básicas que não fazia mais. Posso pensar agora em trampar com lutadores, quero voltar com o Born (evento online organizado em 2017, confira aqui), quero fazer um projeto social, tem muita gente que precisa se apegar a um esporte. Não é fácil, mas se eu puder fazer um pouco com o que eu tenho, quem sabe dali eu consiga tirar mais um campeão”.

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